O desenvolvimento da criança: De ações reflexas a intencionais
Vimos nesta aula que segundo Vygotski a criança tem em seu processo de desenvolvimento possui estruturas primitivas,, determinadas pelas peculiaridades biológicas de sua psique. Os comportamentos naturais encontrados no recém-nascido são evidentes em sua capacidade de sugar, chorar, balbuciar. As suas sensações primitivas iniciais, seu elo com o mundo, se dão pela boca, haja vista que possui sensações orgânicas restritas ao corpo.
As mudanças externas, ou o mundo material criado pelo homem, produzem transformações do indivíduo, cuja natureza psíquica representa o conjunto de relações sociais, passadas do externo para o interno e assim a função psíquica aparece duas vezes no processo de desenvolvimento da criança: uma vez no plano social como função compartilhada entre a criança e outros adultos, que é a função interpsicológica, e outra vez no plano psicológico como função individual, resultando na função intrapsicológica (minha percepção).
Para que a criança realiza uma ação organizada é importante que a sua atividade instintiva inicial seja substituída pela atividade intelectual intencional. Então , com o seu desenvolvimento a criança inibe as funções primitivas, que dão lugar ao desenvolvimento das formas complexas de adaptação (funções psicológicas superiores), caminhando em direção ao adulto cultural.
Ao se desenvolver culturalmente, a criança tem a oportunidade de criar esses estímulos (adicionais), que a influenciarão no futuro. Desse modo, dentro do desenvolvimento cultural, a criança, de atitudes ingênuas (primitivas e inadequadas) com compreensão insuficiente dos mecanismos, das operações que está utilizando em sua adaptação no mundo exterior, evolui dessa condição na medida em que vincular os signos com os estímulos apresentados e desenvolver a capacidade de utilizar seus próprios processos neuropsicológicos com técnicas para alcançar determinados fins.
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